MISSÃO Especial atenção aos três primeiros anos de validade da carta de condução.
Formar condutores seguros é o grande desafio da ANIECA – Associação Nacional de Escolas de Condução que se associa à ANSR, Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, no âmbito da Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária Visão Zero 2030. O objetivo é, de acordo com António Reis, presidente da ANIECA, cumprir a “Missão Zero”, isto é, trabalhar no sentido de fazer com que «nenhum condutor que esteja no regime probatório seja vítima de acidente grave ou seja vítima mortal». Para tal, a ANIECA está a sensibilizar todas as escolas de condução suas associadas (mais de 95% das existentes em Portugal), para que, por sua vez, sensibilizem os seus alunos para que, de facto, sejam condutores responsáveis, alertando-os para os efeitos nefastos da velocidade, da condução sob o efeito do álcool, da utilização do telemóvel, entre outros. De resto, a campanha Missão Zero pode ir ainda mais longe e relembrar aos jovens os princípios das leis da física aplicadas à condução, temática que aliás faz parte do currículo escolar, no âmbito da disciplina de Físico-Química do 9.º ano (ver texto da página 15). A propósito, António Reis realça que esta Missão Zero é um compromisso de todos. O presidente da ANIECA
aproveita para alertar para um outro problema que afeta o setor do ensino da condução, mas que, a jusante, é um problema para a segurança rodoviária. Fala do flagelo das fraudes nos centros de exames, em que os candidatos recorrem a meios tecnológicos para realizar os exames, mas sem que os examinadores se apercebam. «Este é um problema da monitorização de exames que preocupa as escolas», alerta a ANIECA que já apresentou queixa ao Ministério Público. Mas o setor debate-se também com outros problemas, nomeadamente no que diz respeito à profissão, que também se debate com falta de mão-de-obra.
A ANIECA está a trabalhar no sentido de promover a formação de novos instrutores, tornando a profissão mais atrativa. Relativamente ao ensino da condução, as escolas acompanham as novas tendências, que se prendem com os novos tipos de veículos. A ANIECA aguarda a diretiva europeia que regulamente toda esta temática, de modo a que a formação não tenha qualquer restrição.